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Literatura Italiana Traduzida ISSN 2675-4363
Agnes Ghisi
Giorgio Caproni
Resenha
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Giorgio Caproni (Livorno, 1912 - Roma, 1990) apresenta uma poética de linguagem acessível, mas bastante trabalhada, o que resulta em uma musicalidade capaz de evocar sensações várias no leitor. Um aspecto presente já na sua primeira publicação (Come un'allegoria, Emiliano degli Orfini, 1936) está nos termos que solicitam os cinco sentidos do leitor, e é através deles que o "genovês de Livorno" trabalha temas como a guerra e a memória, principalmente nas publicações que precedem Il Muro della Terra (Garzanti, 1975), livro que marca a dita "terceira fase" da poética caproniana. O poeta aborda, de maneiras diversas, principalmente três cidades: Livorno (onde nasceu), Gênova (onde "se fez homem", como o próprio Caproni coloca) e Roma (onde passou a maior parte da vida adulta, depois da Segunda Guerra Mundial). A relação que ele traça com cada uma é feita de subjetividades que são mais facilmente entendidas quando se conhece a história de vida do autor, por exemplo, seu "livro vermelho" (Cronistoria, Vallechi, 1943) apresenta sua trajetória pela Itália enquanto serviu durante a Segunda Guerra, mencionando frequentemente as cidades por onde passou com o pelotão, já seus "versos livorneses" (Il Seme del Piangere, Garzanti, 1959) versam sobre sua infância em Livorno e criam uma personagem baseada na história da mãe do poeta, Anna Picchi. Profissionalmente, também contribuía para os principais jornais italianos, compunha escritos críticos, traduzia autores franceses (como Proust, Char, Apollinaire e Frenaud) e era professor de aritmética na escola básica.
Aqui no Brasil, a pesquisa em Caproni ainda é recente e o poeta aparece, pela primeira vez, como objeto de estudo em 2001 no texto A solidão sem Deus nos versos de Giorgio Caproni, de Prisca Agustoni, poeta, narradora, ensaísta, tradutora e professora. Entretanto, o poeta vem ganhando cada vez mais visibilidade e conta com duas traduções brasileiras:
Aqui no Brasil, a pesquisa em Caproni ainda é recente e o poeta aparece, pela primeira vez, como objeto de estudo em 2001 no texto A solidão sem Deus nos versos de Giorgio Caproni, de Prisca Agustoni, poeta, narradora, ensaísta, tradutora e professora. Entretanto, o poeta vem ganhando cada vez mais visibilidade e conta com duas traduções brasileiras:
- A Coisa Perdida: Agamben comenta Caproni (org. e trad. Aurora Fornoni Bernardini, EdUFSC, 2011)
- A Porta Morgana: ensaios sobre poesia e tradução (org. e trad. Patricia Peterle, Rafael Copetti Editor, 2017)
Ambas as publicações contam com paratextos: a primeira, uma apresentação do filósofo Giorgio Agamben e uma introdução da tradutora, a segunda, um prefácio do crítico e poeta Enrico Testa e uma introdução da tradutora.
Para mais informações, acesse o Dicionário Bibliográfico de Literatura Italiana Traduzida no Brasil
como citar: GHISI, Agnes. Giorgio Caproni: duas publicações. In Literatura Italiana Traduzida, v.1., n.2, fev. 2020. Disponível em
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/209958
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