La poesia e la sapienza del mondo, di Marco Ceriani

Henriqueta Lisboa, tradutora de Dante (uma crônica), por Mariarosaria Fabris

 




Em memória de Edoardo Bizzarri

 

Ó peregrinos cuja fronte encerra
lembrança de algo que ficou distante,
vindes assim de tão longínqua terra
sem o mostrardes ao primeiro instante
que não chorais quando passais sequer
em meio à triste dor desta cidade
como alguém que resiste e que não quer
enternecer sua gravidade?
Se prestardes ouvido de bom grado
– assim me diz o coração magoado –
quedareis entre lágrimas, no entanto.
Ela perdeu a sua beatitude,
e o que dela se diz tem a virtude
de às outra gentes inspirar o pranto[1].
 
Esta é a tradução de Henriqueta Lisboa para o soneto XL. [XLI] da Vita nuova, de Dante Alighieri, escrito em 1292:
 
Deh peregrini che pensosi andate,
forse di cosa che non v’è presente,
venite voi da sì lontana gente,
com’a la vista voi ne dimostrate,
che non piangete quando voi passate
per lo suo mezzo la città dolente,
come quelle persone che neente
per che ‘ntendesser la sua gravitate?
Se voi restate per volerlo audire,
certo lo cor de’ sospiri mi dice
che lagrimando n’uscireste pui.
Ell’ha perduta la sua beatrice;
e le parole ch’om di lei pò dire
hanno vertú di far piangere altrui[2].
 
A versão do soneto dantesco integra a compilação da obra literária da autora mineira, organizada, em três volumes – Poesia, Poesia traduzida, Prosa –, por Reinaldo Marques e Wander Melo Miranda. O segundo tomo reúne transcriações de obras de poetas italianos (Dante, Giacomo Leopardi, Giuseppe Ungaretti e Cesare Pavese); da Espanha (Luis de Góngora, Lope de Vega, Jorge Guillén, a galega Rosalía de Castro e o catalão Joan Maragall) e da Hispanoamérica – Cuba (José Martí), Uruguai (Delmira Agustini) e Chile (Gabriela Mistral) –; dos alemães Friedrich Schiller e Ludwig Uhland; do húngaro Sándor Petöfi; dos norte-americanos Henry W. Longfellow e Archibald MacLeish. Embora a maior parte das traduções já tivesse sido publicada, os organizadores descobriram trabalhos inéditos, conforme relato do Prof. Reinaldo Marques: “Trata-se de quatro cantos do Purgatório e três sonetos do Vita Nuova, ambos de Dante, além de poemas em língua inglesa e dos autores Giuseppe Ungaretti e Cesare Pavese”[3]. Se, de Dante, Henriqueta Lisboa traduziu catorze cantos (os quatro citados e dez que serão abordados mais adiante); de Leopardi, transcriou “L’infinito”, que publica, em 1961, na Antologia poética para a infância e a juventude; de Ungaretti, verteu treze poesias de Vita d’un uomo (1942) e, de Pavese, três poemas.
Ao ler a tradução do soneto dantesco em artigo recentemente publicado em O Estado de S. Paulo, que anunciava a publicação da Obra completa da escritora mineira, lembrei-me de que, na minha adolescência, havia recebido um exemplar de Cantos de Dante: traduções do “Purgatório”, de sua autoria. Era um daqueles cadernos editados, com parcos recursos, pelo Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro de São Paulo (ICIB),   publicações austeras, de capa sóbria e diagramação simples, mas que se destacavam por seu conteúdo. O fascículo citado nasceu de um convite de Eduardo Bizzarri, diretor do Istituro Italiano di Cultura (IIC)[4], à poetisa em 1965, para falar sobre a presença de Dante no Brasil, ocasião na qual ela leu a tradução de alguns cantos do Purgatório, trabalho ampliado posteriormente. Além deste caderno, foram lançados O meu Dante: contribuições e depoimentos (coletânea de texto de Henriqueta Lisboa, Otto Maria Carpeaux, Miguel Reale, Homero Silveira, Candido Mota Filho, Ivan Lins, Haroldo de Campos, Dante Milano, Alceu Amoroso Lima e Eduardo Bizzarri), Seis cantos do “Paraíso” traduzidos por Haroldo de Campos[5], Machado de Assis e a Itália, de Eduardo Bizzarri, Poemas italianos, de Cecília Meireles, vertidos por Bizzarri, o volume dedicado à correspondência entre Guimarães Rosa e seu tradutor italiano (de novo, Bizzarri), dentre outros. Todos sob a égide intelectual do incansável diretor do IIC, sempre empenhado em estreitar os laços entre sua terra natal e o Brasil, em difundir a cultura italiana em nosso meio, valendo-se de publicações, eventos, cursos, conferências e aulas como as ministradas na Universidade de São Paulo em nível de pós-graduação, em 1975, quando propôs uma releitura do Futurismo e, tendo em vista uma provável publicação, encarregou suas alunas, dentre as quais eu, da tradução de uma série de manifestos daquele movimento. Ademais, meu trabalho final foi uma análise de Primi principî di una estetica futurista, de Ardengo Soffici. Como o texto me pareceu um pouco difícil, minha irmã, Annateresa Fabris, me ajudou na leitura e, a partir daí, nasceu seu interesse em estudar as relações entre o Futurismo e o Modernismo.
 
                                                      Cadernos n. 5 (1965) e n. 7 (1969)
 
Recuperado o caderno n. 7, uma surpresa me aguardava: quatro páginas de mensagens das minhas colegas do terceiro ano do clássico do Colégio Dante Alighieri, o qual, tendo patrocinado a publicação, a estava ofertando em homenagem a seus alunos. Permeando as palavras carinhosas de garotas com as quais havia convivido naquele período, descobri o autógrafo de alguns mestres, como a inconfundível assinatura de Piera Gherardi Stefani, minha professora de italiano durante sete anos, a qual, nos três últimos, havia se dedicado a nos dar um panorama da literatura peninsular, tendo como bibliografia a Antologia italiana di Giuseppe Morpurgo. Um panorama que fui completando com as aulas de Luciana Segre no ICIB, entre 1967 e 1968.
Embora minha curiosidade intelectual já me houvesse levado a pedir La divina commedia como presente de Natal em 1966, foi a professora Piera que me introduziu à obra de Dante. Sim, porque, para apreciá-la plenamente, o leitor precisa de um mestre. Foi o que fez o poeta paulista Roberto Piva, quando, na década de 1960, teve aulas durante três anos com o Prof. Bizzarri, desejoso de embrenhar-se mais a fundo no universo dantesco. Como lembrou João Silvério Trevisan: “Esse contato com Dante foi como seu imprinting poético-filosófico: marcou para sempre sua visão de mundo, sua política e sua poesia”[6].
Da Divina comédia sempre preferi a parte inicial, tão próxima das paixões humanas, principalmente a mítica última viagem de Ulisses, com seu convite a ampliar os horizontes do saber, sua incitação a superar os limites, a  ir sempre além; contudo, como a empatia por uma obra depende da índole de cada um, não deixo de achar instigante a escolha final de Henriqueta Lisboa – a qual num primeiro momento havia pensado em traduzir o  “Inferno” – e a maneira como a justificou:
 
O Purgatório é a casa do poeta. Sei que também o Inferno, com seus embates de paixão. E o Paraíso também, com seus êxtases. Mas diz e repete meu coração que o Purgatório é a casa natural do Poeta. E aqui mora e demora o poeta nas pegadas do Irmão Maior, com seu coração sofrido porém não desamoroso. Aqui se restauram suas forças, daqui parte para novos degraus de purificação e mansuetude. Nestas plagas encontra velhos amores sempre verdes, mortos amigos sempre vivos, confidentes repletos de complacência, mestres de amor. [...] No Purgatório se concebe em névoas, além do longe, a transcendência das cousas que passam mas não se perdem. O homem compreende e confia, embora desconheça a derradeira palavra. E a contensão e o sofrimento da espera se traduzem com nobreza, profunda e moderadamente. Aqui existe silêncio, um silêncio vindo de outrora, contido em si mesmo [...], o silêncio que suspende o respiro na espectativa da música, o silêncio que preludia o fim dos trabalhos da alma,  a anunciar o cântico. O Purgatório é o reino do fazer, não mais o do agir, nem ainda o de contemplar. [...] Aqui se consagra e se coroa o Poeta dos poetas, em nome da liberdade de criar[7].
 
E é com a exaltação da criação poética que Dante inicia o segundo livro:
 
Para águas mais propícias alça a vela
a navezinha do meu gênio errante
deixando o mar com sua cruel procela.
Canto o segundo reino de ora em diante
onde se purifica a alma à porfia
para que digna atinja o céu distante.
Aqui resurja a pálida poesia,
ó Santas Musas, pois que vos pertenço.
Ensine-me Calíope a melodia
de encantamento igual àquele intenso
feitiço que acompanha o som da lira
e às irremissíveis Pegas foi infenso[8].
 
Per correr miglior acqua alza le vele
omai la navicella del mio ingegno,
che lascia dietro a sé mar sì crudele;
e canterò di quel secondo regno,
dove l’umano spirito si purga
e di salir al ciel diventa degno.
Ma qui la morta poesì’ risurga,
o sante Muse, poi che vostro sono;
e qui Calliopè alquanto surga,
seguitando il mio canto con quel suono
di cui le Piche misere sentiro
lo colpo tal che disperàr perdono[9].
 
Dos trinta e três cantos que compõem o Purgatório, dez são reproduzidos na publicação de 1969 (I-II, VIII-XI, XVII e XXVII-XXIX). Dentre estes, escolhi trechos de mais quatro, além do primeiro, para que o leitor possa ter uma idéia do labor tradutório de Henriqueta Lisboa:
 
Penetramos o umbral daquela porta
de que as almas descuram, pois, ignaras
estimam por direita a linha torta.
E senti pelo som que se fechara.
Se para trás tivesse o olhar volvido,
que digna escusa do erro me salvara?
Subimos a um rochedo que fendido
se deslocava de uma e de outra parte
como vaga em balanço indefinido.
“Aqui convém usar um tanto de arte,
– aconselhou meu mestre cuidadoso –
de um lado e de outro lado hás de inclinar-te”.
Isso tornou o acesso mais moroso;
pois a lua minguante já descia
procurando no leito seu repouso,
antes que nós deixássemos tal via.
Mas quando nos sentimos já libertos
sobre o monte que adentro se encolhia,
eu fatigado e ambos ainda incertos
nos quedamos num plano em direitura
a uma trilha mais só que a do deserto.
 
Poi fummo dentro al soglio della porta
che il malo amor dell’anime disusa,
perché fa parer dritta la via torta,
sonando la sentì’ esser rinchiusa;
e s’io avessi gli occhi vòlti ad essa,
qual fóra stata al fallo degna scusa?
Noi salivam per una pietra fessa,
che si moveva d’una e d’altra parte,
siccome l’onda che fugge e s’appressa.
“Qui si conviene usare un poco d’arte”,
cominciò il duca mio, “in accostarsi
or quinci or quindi al lato che si parte”.
E questo fece i nostri passi scarsi
tanto, che pria lo scemo della luna
rigiunse al letto suo per ricorcarsi,
che noi fossimo fuor di quella cruna;
ma quando fummo liberi ed aperti
su dove il monte indietro si rauna,
io stancato ed ambedue incerti
di nostra via, ristemmo in su un piano
solingo più che strade per diserti[10].
 
    Luca Signorelli, Ingresso no Purgatório (1499-1502), 
          Capela de São Brício, Catedral de Orvieto
 
Tendo passado o limiar da porta do Purgatório, o poeta e seu mestre, tendo adentrado o primeiro círculo, escutam os soberbos rezarem o “Pai nosso”, enquanto andam lentamente, curvados sob o peso das grandes pedras que carregam. É um exercício de humildade, para a purificação de suas almas:
 
“Pai nosso que nos céus vos encontrais,
não por circunscrição, por mais amor
que tendes a essas obras primordiais.
Louvado seja sempre com fervor
vosso nome por todas as criaturas,
quanto em essência sois merecedor.
A paz de vosso reino em auras puras
venha a nós: pela nossa faculdade
jamais alcançaremos tais alturas.
Como os anjos, piedosos na humildade,
vos oferecem cânticos de hosana,
curvem-se os homems à vossa vontade.
Dai-nos do pão a miga quotidiana
sem a qual por este árido deserto
retrocede o que mais e mais se afana.
E como nós ao próximo por certo
as ofensas perdoamos, vós benigno,
perdoai-nos de coração aberto.
Por ser nosso caráter pouco digno
de resistir à astúcia do pecado,
libertai-nos do espírito maligno.
A súplica final, Pai muito amado,
já não é feita para nós mas pelos
que se encontram ainda do outro lado.”
Assim as sombras rezam com desvelo
por nós também, seu fardo carregando
como quem sofre um sonho ou pesadelo,
o circuito primeiro contornando
com desigual angústia a depurar
a caligem do mundo miserando.
Se em nossas intenções se põem a orar,
que podíamos nós fazer por elas
que da graça têm prova singular?
Cumpre-nos ajudá-las e movê-las
por que limpas de nódoas finalmente
possam subir ao reino das estrelas.
 
“O Padre nostro che ne’ cieli stai,
non circoscritto, ma per più amore
che ai primi effetti di lassù tu hai;
laudato sia ‘l tuo nome e ‘l tuo valore
da ogni creatura, com’è degno
di render grazie al tuo dolce vapore!
Vegna vèr noi la pace del tuo regno,
ché noi ad essa non potem da noi,
s’ella non vien, con tutto nostro ingegno.
Come del suo voler gli angeli tuoi
fan sacrificio a te cantando Osanna,
così facciano gli uomini de’ suoi!   
Dà oggi a noi la cotidiana manna,
sanza la qual per questo aspro diserto
a retro va chi più di gir s’affanna.
E come noi lo mal ch’avem sofferto
perdoniamo a ciascuno, e tu perdona
benigno, e non guardar lo nostro merto.
Nostra virtù che di leggier s’adona,
non spermentar con l’antico avversaro,
ma libera da lui che sì la sprona.
Quest’ultima preghiera, Signor caro,
già non si fa per noi, ché non bisogna;
ma per color che dietro a noi restaro”.
Così a sé e a noi buona ramogna
quell’ombre orando, andavan sotto il pondo,
simile a quel che talvolta si sogna,
disparmente angosciate tutte a tondo
e lasse su per la prima cornice,
purgando le caligini del mondo.
Se di là sempre ben per noi si dice,
di qua che dire e far per lor si puote
da quei ch’hanno al voler buona radice?
Ben si dée loro atar lavar le note
che portar quinci, sì che, mondi e lievi,
possano uscire alle stellate rote[11].
 
Depois do encontro com as almas que expiam os pecados da inveja e da ira, Dante e Virgílio saem da névoa que envolvia o terceiro círculo:
 
Se alguma vez, entre alpes, a neblina
te perturbou, Leitor, como à toupeira
cuja membrana a vista lhe confina,
quando mal se dissipa a costumeira
úmida névoa e em meio, debilmente,
o sol, de aspecto pálido, se esgueira:
tal imagem reaviva em tua mente
e terás a visão, em leves traços,
do sol que vi girando para o poente.
Assim me emparelhei aos firmes passos
de meu mestre, deixando para trás
as nuvens, entre lumes bem escassos.
Ó Imaginação, quando te apraz
nos transportar em rapto, ao nosso ouvido
o som de mil trombetas se desfaz.
Quem te move, na ausência dos sentidos?
Move-te luz do céu, luz que aparece
por si ou por desígnios inferidos.
 
Ricòrditi, lettor, se mai nell’alpe
ti colse nebbia per la qual vedessi
non altrimenti che per pelle talpe;
come, quando i vapori umidi e spessi
a diradar cominciansi, la spera
del sol debilemente entra per essi;
e fia la tua imagine leggiera
in giugnere a veder com’io rividi
lo sole in pria, che già nel corcar era.
Sì, pareggiando i miei co’ passi fidi
del mio maestro, uscì’ fuor di tal nube
ai raggi morti già ne’ bassi lidi.
O imaginativa che ne rube
talvolta sì di fuor, ch’om non s’accorge
perché d’intorno suonin mille tube,
chi move te, se il senso non ti porge?
Moveti lume che nel ciel s’informa
per sé o per voler che giù lo scorge[12].
 
Por fim, Dante e seu guia alcançam o Paraíso Terrestre:
 
De conhecer, ansioso me sentia,
a divina floresta espessa e viva
que aos poucos revelava o albor do dia.
E sem mais o meu passo então deriva
a seguir pelo campo lento lento
sob uma onda aromal que o solo ativa.
A uma aura doce me entregava atento
que sossegada me envolvia a fronte
mais sutilmente que o mais tênue vento.
E que às arvores trêmulas defronte
ia inclinando os ramos para a parte
da penumbra a descer do santo monte.
Mas de tal modo a brisa se reparte
que os pássaros na faina alviçareira
cantam sempre nos cimos plenos de arte.
Cantam com alegria a hora primeira
entre a folhagem que a canção reflete
como o bordão à melodia inteira.
 
Vago già di cercar dentro e d’intorno
la divina foresta spessa e viva,
che agli occhi temperava il nuovo giorno,
sanza più aspettar, lasciai la riva,
prendendo la campagna lento lento
su per lo suol che d’ogni parte oliva.
Un’aura dolce, sanza mutamento
avere in sé, mi ferìa per la fronte
non di più colpo che soave vento:
per cui le fronde, tremolando pronte,
tutte quante piegavano alla parte
u’ la prim’ombra gitta il santo monte:
non però dal lor esser dritto sparte
tanto che gli augelletti per le cime
lasciasser d’operare ogni lor arte;
ma con piena letizia l’òre prime,
cantando, recevìeno intra le foglie,
che tenevan bordone alle sue rime, [...][13].
 
Gustave Doré, O Paraíso Terrestre,
in Purgatório (1868)
 
Pela tradução dos cantos do Purgatório, Henriqueta Lisboa – a quem, em 1962, o Ministério das Relações Exteriores da Itália havia conferido uma medalha – foi agraciada, pelo Circolo Italiano de São Paulo, com o prêmio Presenza d’Italia in Brasile, em 1970, ano em que viajou à Europa a convite do governo italiano.
As versões da obra dantesca levam a aventar a hipótese de que, em seu ofício de tradutora, Henriqueta Lisboa aliou o domínio da métrica a uma grande capacidade de interpretação e recriação, ciente de seu papel de mediadora  entre o público brasileiro e grandes obras da literatura universal.

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Como citar: FABRIS, Mariarosaria. "Henriqueta Lisboa, tradutora de Dante (uma crônica)". In "Revista de Literatura Italiana", v. 2, n. 4, abr. 2021.  Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/221872



[1]Apud: IANELLI, Mariana. “Poeta do equilíbrio em meio ao caos”. In O Estado de S. Paulo/Na quarentena, 26 dez. 2020, p. H3.
[2]ALIGHIERI, Dante. Vita nuova. Torino: Einaudi, s.d., pp. 63-64. Disponível em letteraturaitaliana.net/ pdf/Volume_1/t11.pdf. Consultado em: 6 fev. 2021.
[3]Boletim, Belo Horizonte, ano 27, n. 1322, 27 jun. 2001. Disponível em https://www.ufmg.br/boletim/ bol1322/oitava.shtml. Consultado em: 9 fev. 2021. Segundo Mariana Ianelli, cit., O Estado de S. Paulo teria publicado traduções de poemas de Ungaretti em 1969 e de Pavese em 1970.
[4]Na época, os dois institutos funcionavam na mesma sede, à Rua 7 de Abril, 230 (5º andar, sala 580), no prédio dos Diários Associados. Na década de 1970, passaram para a Casa de Dante, à Rua Frei Caneca, 1071.
[5]Sob a orientação da Profª Maria Teresa Arrigoni, o ilustrador italiano Piero Bagnariol (radicado em Belo Horizonte), em parceria com seu pai Giuseppe, transpôs para a linguagem da HQ trechos da Divina Comédia, valendo-se das traduções de Haroldo de Campos (Paraíso), Henriqueta Lisboa (Purgatório) e Jorge Wanderley (Inferno). A publicação de 2011, da editora Peirópolis de São Paulo, está disponível na internet.
[6]TREVISAN, João Silvério. “A arte de transgredir (uma introdução a Roberto Piva)”. In Agulha – Revista de Cultura, Fortaleza-São Paulo, n. 38, abr. 2004. Disponível em www.jornaldepoesia.jor.br/ag38piva. htm. Consultado em: 6 fev. 2021.
[7]LISBOA, Henriqueta. “Do ‘Purgatório’”. In Cantos de Dante: traduções do “Purgatório”. São Paulo: Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, [1969], pp. 5-6. No cabeçalho dessa introdução, há uma dedicatória: “A Edoardo Bizzarri / Mestre e Amigo em Dante”.
[8]Segundo a mitologia, as nove filhas de Píero, rei da Tessália, desafiaram as Musas, mas foram derrotadas pela beleza do canto das contendoras. Como castigo, Calíope as transformou em pegas (espécie de gralhas).
[9]LISBOA, op. cit., p. 9; ALIGHIERI, Dante. La divina commedia: Purgatorio. Milano: Rizzoli, 1949, p. 11 [Canto I, versos 1-12]. Está sendo citada esta edição da obra dantesca, porque o caderno do ICIB apresenta alguns problemas de transcrição em italiano.
[10]LISBOA, op. cit., p. 57; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., p. 59 [Canto X, versos 1-21).
[11]LISBOA, op. cit., pp. 69, 71; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., pp. 64-66 [Canto XI, versos 1-36).
[12]LISBOA, op. cit., p. 81; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., pp. 98-99 [Canto XVII, versos 1-18).
[13]LISBOA, op. cit., p. 105; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., p. 158 [Canto XXVIII, versos 1-18).