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Literatura Italiana Traduzida ISSN 2675-4363
Dante Alighieri
Henriqueta Lisbia
Mariarosaria Fabris
em
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Em memória de Edoardo Bizzarri
Ó peregrinos cuja fronte encerra
lembrança de algo que ficou distante,
vindes assim de tão longínqua terra
sem o mostrardes ao primeiro instante
que não chorais quando passais sequer
em meio à triste dor desta cidade
como alguém que resiste e que não
quer
enternecer sua gravidade?
Se prestardes ouvido de bom grado
– assim me diz o coração magoado –
quedareis entre lágrimas, no entanto.
Ela perdeu a sua beatitude,
e o que dela se diz tem a virtude
de às outra gentes inspirar o pranto[1].
Esta é a tradução de Henriqueta Lisboa para o soneto XL. [XLI] da Vita nuova, de Dante Alighieri, escrito em 1292:
Deh peregrini che pensosi andate,
forse di cosa che non v’è presente,
venite voi da sì lontana gente,
com’a la vista voi ne dimostrate,
che non piangete
quando voi
passate
per lo suo mezzo la città dolente,
come quelle persone che neente
per che ‘ntendesser la sua
gravitate?
Se voi restate per volerlo audire,
certo lo cor de’ sospiri mi dice
che lagrimando n’uscireste pui.
Ell’ha perduta la sua
beatrice;
e le parole ch’om di lei pò dire
A versão do soneto dantesco integra a compilação da obra
literária da autora mineira, organizada, em três volumes – Poesia, Poesia traduzida, Prosa –, por Reinaldo Marques e Wander Melo Miranda. O segundo tomo
reúne transcriações de obras de poetas italianos (Dante, Giacomo Leopardi,
Giuseppe Ungaretti e Cesare Pavese); da Espanha (Luis de Góngora, Lope de Vega,
Jorge Guillén, a galega Rosalía de Castro e o catalão Joan Maragall) e da
Hispanoamérica – Cuba (José Martí), Uruguai (Delmira Agustini) e Chile
(Gabriela Mistral) –; dos alemães Friedrich Schiller e Ludwig Uhland; do
húngaro Sándor Petöfi; dos norte-americanos Henry W. Longfellow e Archibald
MacLeish. Embora a maior parte das traduções já tivesse
sido publicada, os organizadores descobriram trabalhos inéditos, conforme
relato do Prof. Reinaldo Marques: “Trata-se de quatro cantos do Purgatório e
três sonetos do Vita Nuova, ambos de Dante, além de poemas em
língua inglesa e dos autores Giuseppe Ungaretti e Cesare Pavese”[3]. Se, de Dante, Henriqueta
Lisboa traduziu catorze cantos (os quatro citados e dez que serão abordados mais
adiante); de Leopardi, transcriou “L’infinito”, que publica, em 1961, na Antologia poética para a infância e a
juventude; de Ungaretti, verteu treze poesias de Vita d’un uomo (1942) e, de Pavese, três poemas.
Ao ler a tradução do soneto dantesco em artigo recentemente
publicado em O Estado de S. Paulo,
que anunciava a publicação da Obra
completa da escritora mineira, lembrei-me de que, na minha adolescência,
havia recebido um exemplar de Cantos de
Dante: traduções do “Purgatório”, de sua autoria. Era um daqueles cadernos
editados, com parcos recursos, pelo Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro de São
Paulo (ICIB), publicações austeras, de capa sóbria e
diagramação simples, mas que se destacavam por seu conteúdo. O fascículo citado
nasceu de um convite de Eduardo Bizzarri, diretor do Istituro Italiano di
Cultura (IIC)[4], à poetisa em 1965, para
falar sobre a presença de Dante no Brasil, ocasião na qual ela leu a tradução
de alguns cantos do Purgatório, trabalho ampliado posteriormente. Além deste
caderno, foram lançados O meu Dante:
contribuições e depoimentos (coletânea de texto de Henriqueta Lisboa, Otto
Maria Carpeaux, Miguel Reale, Homero Silveira, Candido Mota Filho, Ivan Lins,
Haroldo de Campos, Dante Milano, Alceu Amoroso Lima e Eduardo Bizzarri), Seis cantos do “Paraíso” traduzidos por
Haroldo de Campos[5], Machado de Assis e a Itália, de Eduardo Bizzarri, Poemas italianos, de Cecília Meireles, vertidos por Bizzarri, o volume
dedicado à correspondência entre Guimarães Rosa e seu tradutor italiano (de
novo, Bizzarri), dentre outros. Todos sob a égide intelectual do incansável diretor
do IIC, sempre empenhado em estreitar os laços entre sua terra natal e o
Brasil, em difundir a cultura italiana em nosso meio, valendo-se de
publicações, eventos, cursos, conferências e aulas como as ministradas na Universidade
de São Paulo em nível de pós-graduação, em 1975, quando propôs uma releitura do
Futurismo e, tendo em vista uma provável publicação, encarregou suas alunas,
dentre as quais eu, da tradução de uma série de manifestos daquele movimento.
Ademais, meu trabalho final foi uma análise de Primi principî di una estetica futurista, de Ardengo Soffici. Como
o texto me pareceu um pouco difícil, minha irmã, Annateresa Fabris, me ajudou
na leitura e, a partir daí, nasceu seu interesse em estudar as relações entre o
Futurismo e o Modernismo.
Recuperado o caderno n. 7, uma surpresa me aguardava:
quatro páginas de mensagens das minhas colegas do terceiro ano do clássico do
Colégio Dante Alighieri, o qual, tendo patrocinado a publicação, a estava ofertando
em homenagem a seus alunos. Permeando as palavras carinhosas de garotas com as
quais havia convivido naquele período, descobri o autógrafo de alguns mestres,
como a inconfundível assinatura de Piera Gherardi Stefani, minha professora de
italiano durante sete anos, a qual, nos três últimos, havia se dedicado a nos
dar um panorama da literatura peninsular, tendo como bibliografia a Antologia italiana di Giuseppe Morpurgo.
Um panorama que fui completando com as aulas de Luciana Segre no ICIB, entre
1967 e 1968.
Embora minha curiosidade intelectual já me houvesse levado
a pedir La divina commedia como
presente de Natal em 1966, foi a professora Piera que me introduziu à obra de
Dante. Sim, porque, para apreciá-la plenamente, o leitor precisa de um mestre.
Foi o que fez o poeta paulista Roberto Piva, quando, na década de 1960, teve aulas
durante três anos com o Prof. Bizzarri, desejoso de
embrenhar-se mais a fundo no universo dantesco. Como lembrou João Silvério Trevisan: “Esse contato com
Dante foi como seu imprinting poético-filosófico:
marcou para sempre sua visão de mundo, sua política e sua poesia”[6].
Da Divina comédia
sempre preferi a parte inicial, tão próxima das paixões humanas, principalmente
a mítica última viagem de Ulisses, com seu convite a ampliar os horizontes do
saber, sua incitação a superar os limites, a
ir sempre além; contudo, como a empatia por uma obra depende da índole
de cada um, não deixo de achar instigante a escolha final de Henriqueta Lisboa
– a qual num primeiro momento havia pensado em traduzir o “Inferno” – e a maneira como a justificou:
O Purgatório é a casa do poeta. Sei que também
o Inferno, com seus embates de paixão. E o Paraíso também, com seus êxtases.
Mas diz e repete meu coração que o Purgatório é a casa natural do Poeta. E aqui
mora e demora o poeta nas pegadas do Irmão Maior, com seu coração sofrido porém
não desamoroso. Aqui se restauram suas forças, daqui parte para novos degraus
de purificação e mansuetude. Nestas plagas encontra velhos amores sempre
verdes, mortos amigos sempre vivos, confidentes repletos de complacência,
mestres de amor. [...] No Purgatório se concebe em névoas, além do longe, a
transcendência das cousas que passam mas não se perdem. O homem compreende e
confia, embora desconheça a derradeira palavra. E a contensão e o sofrimento da
espera se traduzem com nobreza, profunda e moderadamente. Aqui existe silêncio,
um silêncio vindo de outrora, contido em si mesmo [...], o silêncio que
suspende o respiro na espectativa da música, o silêncio que preludia o fim dos
trabalhos da alma, a anunciar o cântico.
O Purgatório é o reino do fazer, não mais o do agir, nem ainda o de contemplar.
[...] Aqui se consagra e se coroa o Poeta dos poetas, em nome da liberdade de
criar[7].
E é com a exaltação da criação poética que Dante inicia o
segundo livro:
Para águas mais propícias alça a vela
a navezinha do meu gênio errante
deixando o mar com sua cruel procela.
Canto o segundo reino de ora em
diante
onde se purifica a alma à porfia
para que digna atinja o céu distante.
Aqui resurja a pálida poesia,
ó Santas Musas, pois que vos
pertenço.
Ensine-me Calíope a melodia
de encantamento igual àquele intenso
feitiço que acompanha o som da lira
e às irremissíveis Pegas foi infenso[8].
Per correr miglior acqua alza le
vele
omai la navicella del mio ingegno,
che lascia dietro a sé mar
sì crudele;
e canterò di quel secondo regno,
dove l’umano spirito si purga
e di salir al ciel diventa
degno.
Ma qui la morta poesì’ risurga,
o sante Muse, poi che vostro sono;
e qui Calliopè
alquanto surga,
seguitando il mio canto con quel
suono
di cui le Piche misere sentiro
Dos trinta e três cantos que compõem o Purgatório, dez são
reproduzidos na publicação de 1969 (I-II, VIII-XI, XVII e XXVII-XXIX). Dentre
estes, escolhi trechos de mais quatro, além do primeiro, para que o leitor
possa ter uma idéia do labor tradutório de Henriqueta Lisboa:
Penetramos o umbral daquela porta
de que as almas descuram, pois,
ignaras
estimam por direita a linha torta.
E senti pelo som que se fechara.
Se para trás tivesse o olhar volvido,
que digna escusa do erro me salvara?
Subimos a um rochedo que fendido
se deslocava de uma e de outra parte
como vaga em balanço indefinido.
“Aqui convém usar um tanto de arte,
– aconselhou meu mestre cuidadoso –
de um lado e de outro lado hás de
inclinar-te”.
Isso tornou o acesso mais moroso;
pois a lua minguante já descia
procurando no leito seu repouso,
antes que nós deixássemos tal via.
Mas quando nos sentimos já libertos
sobre o monte que adentro se encolhia,
eu fatigado e ambos ainda incertos
nos quedamos num plano em direitura
a uma trilha mais só que a do
deserto.
Poi fummo dentro al soglio della
porta
che il malo amor dell’anime disusa,
perché fa parer dritta
la via torta,
sonando la
sentì’ esser rinchiusa;
e s’io avessi gli occhi vòlti ad
essa,
qual fóra stata al fallo degna scusa?
Noi salivam per una pietra fessa,
che si moveva d’una e d’altra parte,
siccome l’onda che
fugge e s’appressa.
“Qui si conviene
usare un poco
d’arte”,
cominciò il duca mio, “in accostarsi
or quinci or quindi al lato che si
parte”.
E questo fece i nostri passi
scarsi
tanto, che pria lo scemo della luna
rigiunse al letto suo
per ricorcarsi,
che noi fossimo
fuor di quella
cruna;
ma quando fummo liberi ed aperti
su dove il monte indietro si rauna,
io stancato ed ambedue incerti
di nostra via, ristemmo in su un
piano
Tendo passado o limiar da porta do Purgatório, o poeta e
seu mestre, tendo adentrado o primeiro círculo, escutam os soberbos rezarem o
“Pai nosso”, enquanto andam lentamente, curvados sob o peso das grandes pedras
que carregam. É um exercício de humildade, para a purificação de suas almas:
“Pai nosso que nos céus vos
encontrais,
não por circunscrição, por mais amor
que tendes a essas obras primordiais.
Louvado seja sempre com fervor
vosso nome por todas as criaturas,
quanto em essência sois merecedor.
A paz de vosso reino em auras puras
venha a nós: pela nossa faculdade
jamais alcançaremos tais alturas.
Como os anjos, piedosos na humildade,
vos oferecem cânticos de hosana,
curvem-se os homems à vossa vontade.
Dai-nos do pão a miga quotidiana
sem a qual por este árido deserto
retrocede o que mais e mais se afana.
E como nós ao próximo por certo
as ofensas perdoamos, vós benigno,
perdoai-nos de coração aberto.
Por ser nosso caráter pouco digno
de resistir à astúcia do pecado,
libertai-nos do espírito maligno.
A súplica final, Pai muito amado,
já não é feita para nós mas pelos
que se encontram ainda do outro
lado.”
Assim as sombras rezam com desvelo
por nós também, seu fardo carregando
como quem sofre um sonho ou pesadelo,
o circuito primeiro contornando
com desigual angústia a depurar
a caligem do mundo miserando.
Se em nossas intenções se põem a
orar,
que podíamos nós fazer por elas
que da graça têm prova singular?
Cumpre-nos ajudá-las e movê-las
por que limpas de nódoas finalmente
possam subir ao reino das estrelas.
“O Padre nostro
che ne’ cieli stai,
non
circoscritto, ma per più amore
che ai primi
effetti di lassù tu hai;
laudato sia ‘l tuo nome e ‘l tuo
valore
da ogni creatura, com’è degno
di render grazie al tuo
dolce vapore!
Vegna vèr noi la
pace del tuo regno,
ché noi ad essa
non potem da noi,
s’ella non vien,
con tutto nostro ingegno.
Come del suo voler gli angeli tuoi
fan sacrificio a te cantando Osanna,
così facciano gli uomini de’
suoi!
Dà oggi a noi la
cotidiana manna,
sanza la qual
per questo aspro diserto
a retro va chi
più di gir s’affanna.
E come noi lo mal ch’avem
sofferto
perdoniamo a ciascuno, e tu perdona
benigno, e non guardar
lo nostro merto.
Nostra virtù che
di leggier s’adona,
non spermentar
con l’antico avversaro,
ma libera da lui
che sì la sprona.
Quest’ultima preghiera, Signor caro,
già non si fa per noi, ché non
bisogna;
ma per color che
dietro a noi restaro”.
Così a sé e a
noi buona ramogna
quell’ombre
orando, andavan sotto il pondo,
simile a quel che
talvolta si sogna,
disparmente angosciate tutte a tondo
e lasse su per la prima cornice,
purgando le caligini del
mondo.
Se di là sempre
ben per noi si dice,
di qua che dire
e far per lor si puote
da quei ch’hanno
al voler buona radice?
Ben si dée loro atar lavar le note
che portar quinci, sì che, mondi e
lievi,
Depois do encontro com as almas que expiam os pecados da
inveja e da ira, Dante e Virgílio saem da névoa que envolvia o terceiro
círculo:
Se alguma vez, entre alpes, a neblina
te perturbou, Leitor, como à toupeira
cuja membrana a vista lhe confina,
quando mal se dissipa a costumeira
úmida névoa e em meio, debilmente,
o sol, de aspecto pálido, se
esgueira:
tal imagem reaviva em tua mente
e terás a visão, em leves traços,
do sol que vi girando para o poente.
Assim me emparelhei aos firmes passos
de meu mestre, deixando para trás
as nuvens, entre lumes bem escassos.
Ó Imaginação, quando te apraz
nos transportar em rapto, ao nosso
ouvido
o som de mil trombetas se desfaz.
Quem te move, na ausência dos
sentidos?
Move-te luz do céu, luz que aparece
por si ou por desígnios inferidos.
Ricòrditi,
lettor, se mai nell’alpe
ti colse nebbia
per la qual vedessi
non altrimenti
che per pelle talpe;
come, quando i
vapori umidi e spessi
a diradar
cominciansi, la spera
del sol debilemente
entra per essi;
e fia la tua
imagine leggiera
in giugnere a
veder com’io rividi
lo sole in pria,
che già nel corcar era.
Sì, pareggiando
i miei co’ passi fidi
del mio maestro,
uscì’ fuor di tal nube
ai raggi morti
già ne’ bassi lidi.
O imaginativa
che ne rube
talvolta sì di
fuor, ch’om non s’accorge
perché d’intorno
suonin mille tube,
chi move te, se
il senso non ti porge?
Moveti lume che
nel ciel s’informa
Por fim, Dante e seu guia alcançam o Paraíso Terrestre:
De conhecer, ansioso me sentia,
a divina floresta espessa e viva
que aos poucos revelava o albor do
dia.
E sem mais o meu passo então deriva
a seguir pelo campo lento lento
sob uma onda aromal que o solo ativa.
A uma aura doce me entregava atento
que sossegada me envolvia a fronte
mais sutilmente que o mais tênue
vento.
E que às arvores trêmulas defronte
ia inclinando os ramos para a parte
da penumbra a descer do santo monte.
Mas de tal modo a brisa se reparte
que os pássaros na faina alviçareira
cantam sempre nos cimos plenos de
arte.
Cantam com alegria a hora primeira
entre a folhagem que a canção reflete
como o bordão à melodia inteira.
Vago già di
cercar dentro e d’intorno
la divina
foresta spessa e viva,
che agli occhi
temperava il nuovo giorno,
sanza più
aspettar, lasciai la riva,
prendendo la
campagna lento lento
su per lo suol
che d’ogni parte oliva.
Un’aura dolce,
sanza mutamento
avere in sé, mi
ferìa per la fronte
non di più colpo
che soave vento:
per cui le
fronde, tremolando pronte,
tutte quante
piegavano alla parte
u’ la prim’ombra
gitta il santo monte:
non però dal lor
esser dritto sparte
tanto che gli
augelletti per le cime
lasciasser d’operare
ogni lor arte;
ma con piena
letizia l’òre prime,
cantando,
recevìeno intra le foglie,
Gustave Doré, O Paraíso Terrestre,
in Purgatório (1868)
Pela tradução dos cantos do Purgatório, Henriqueta Lisboa – a quem, em 1962, o Ministério das
Relações Exteriores da Itália havia conferido uma medalha – foi agraciada, pelo
Circolo Italiano de São Paulo, com o
prêmio Presenza d’Italia in Brasile, em
1970, ano em que viajou à Europa a convite do governo italiano.
As versões da obra dantesca levam a aventar a hipótese de
que, em seu ofício de tradutora, Henriqueta Lisboa aliou o domínio da métrica a
uma grande capacidade de interpretação e recriação, ciente de seu papel de
mediadora entre o público brasileiro e
grandes obras da literatura universal.
________________________
Como citar: FABRIS, Mariarosaria. "Henriqueta Lisboa, tradutora de Dante (uma crônica)". In "Revista de Literatura Italiana", v. 2, n. 4, abr. 2021. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/ handle/123456789/221872
[1]Apud: IANELLI, Mariana. “Poeta do equilíbrio em meio ao caos”. In O Estado de S. Paulo/Na quarentena, 26
dez. 2020, p. H3.
[2]ALIGHIERI, Dante. Vita nuova. Torino: Einaudi, s.d., pp. 63-64. Disponível
em letteraturaitaliana.net/ pdf/Volume_1/t11.pdf. Consultado
em: 6 fev. 2021.
[3]Boletim,
Belo Horizonte, ano 27, n. 1322, 27 jun. 2001. Disponível em
https://www.ufmg.br/boletim/ bol1322/oitava.shtml.
Consultado em: 9 fev. 2021. Segundo Mariana Ianelli, cit., O Estado de S. Paulo
teria publicado traduções de poemas de Ungaretti em 1969 e de Pavese em 1970.
[4]Na época, os dois institutos funcionavam na
mesma sede, à Rua 7 de Abril, 230 (5º andar, sala 580), no prédio dos Diários
Associados. Na década de 1970, passaram para a Casa de Dante, à Rua Frei
Caneca, 1071.
[5]Sob a orientação
da Profª Maria Teresa Arrigoni, o ilustrador italiano Piero Bagnariol (radicado
em Belo Horizonte), em parceria com seu pai Giuseppe, transpôs para a linguagem
da HQ trechos da Divina Comédia,
valendo-se das traduções de Haroldo de Campos (Paraíso), Henriqueta Lisboa
(Purgatório) e Jorge Wanderley (Inferno). A publicação de 2011, da editora
Peirópolis de São Paulo, está disponível na internet.
[6]TREVISAN, João Silvério. “A arte de
transgredir (uma introdução a Roberto Piva)”. In Agulha – Revista de Cultura, Fortaleza-São Paulo, n. 38, abr. 2004.
Disponível em www.jornaldepoesia.jor.br/ag38piva. htm. Consultado em: 6
fev. 2021.
[7]LISBOA, Henriqueta. “Do ‘Purgatório’”. In Cantos de Dante: traduções do “Purgatório”. São Paulo: Instituto
Cultural Ítalo-Brasileiro, [1969], pp. 5-6. No cabeçalho dessa introdução, há
uma dedicatória: “A Edoardo Bizzarri
/ Mestre
e Amigo em Dante”.
[8]Segundo a mitologia, as nove filhas de Píero, rei
da Tessália, desafiaram as Musas, mas foram derrotadas pela beleza do canto das
contendoras. Como castigo, Calíope as transformou em pegas (espécie de
gralhas).
[9]LISBOA, op. cit., p. 9; ALIGHIERI, Dante. La divina commedia: Purgatorio. Milano:
Rizzoli, 1949, p. 11 [Canto I, versos 1-12]. Está sendo citada esta edição da
obra dantesca, porque o caderno do ICIB apresenta alguns problemas de
transcrição em italiano.
[10]LISBOA, op. cit.,
p. 57; ALIGHIERI, La divina commedia:
Purgatorio, op. cit., p. 59
[Canto X, versos 1-21).
[11]LISBOA, op. cit., pp. 69, 71; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., pp. 64-66 [Canto XI, versos
1-36).
[12]LISBOA, op. cit., p. 81; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., pp. 98-99 [Canto XVII, versos
1-18).
[13]LISBOA, op. cit., p. 105; ALIGHIERI, La divina commedia: Purgatorio, op. cit., p. 158 [Canto XXVIII, versos
1-18).
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